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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Crianças Índigo - A polêmica da evolução da humanidade.

   Por Heloisa Noronha.
   Tudo começou em 1982, quando a parapsicóloga norte-americana Nancy Ann Tappe lançou o livro "Understanding Your LIfe Trough Color" (Entendendo sua Vida Através da Cor). Foi a primeira publicação a mencionar o padrão de comportamento dessas novas crianças nascidas a partir dos anos 1970 e tidas, segundo a psicóloga Valdeniza Sire Savino, de São Paulo, como "pioneirs, desbravadoras, agentes de transformação que provocarão, por meio de suas atitudes, mudanças em todos os setores da sociedade". O índigo se refere à luz azul emanada pela aura. Segundo o dicionário "Houaiss", a aura, no sentido da parapsicologia, significa "suposta manifestação de substância etérea que irradia de todos os seres vivos, somente perceptível por pessoas de sensibilidade especial".
   Essas crianças adoram desafios, não aceitam proibições sem argumentos, fazem várias coisas simultaneamente, têm ótima autoestima, não sentem medo e adoram tecnologia, entre outras características. Segundo Tappe, os índigos vivenciam uma grande mudanças por volta de 26 ou 27 anos, quando passam a ter noção de sua missão na Terra. Começam a ter uma visão cada vez mais clara do que vieram fazer aqui, de seus objetivos, e seguem seu ideal até se tornarem mais velhos e poderem conclui-lo. Os adultos com esse perfil, em geral, cresceram com um sentimento de inadequação sentindo-se diferentes, e com forte predisposição a se casar tarde e a demorar a se firmar na carreira.
  A coach de carreira e relacionamentos Roselake Leiros, de São Paulo, especialista também em terapia de constelações familiares, prefere se referir aos índigos como geração Y - o nome é validado por vários estudiosos. Para ela, seja qual for o nome utilizado, essas crianças têm moldado os métodos de educação, pois requerem tratamento diferenciado. "Em primeiro lugar, os pais precisam ser verdadeiros, autênticos. Quando não souberem responder algo, por exemplo, devem admitir e mostrar interesse em descobrir. Como a sensibilidade é um ponto forte da geração Y, essas crianças conseguem flagrar uma mentira", ressalta. Como os índigos - ou Y - são bastante focados nas coisas de seu interesse, mas muito distraídos quando não interessados, é necessário sempre propor coisas interessantes, estimulantes e desafiantes.
  Para Ingrid Cañete, autora do livro "Adultos Índigo" (Editora Novo Século), os pais e os professores nunca devem agir com base no controle e no autoritarismo, do tipo "eu mando, você obedece e ponto final". "Essa atitude é a maior causa de conflitos e problemas", acredita Ingrid, que é psicóloga em Porto Alegre (RS). "Por outro lado, os pais dos índigos não devem enaltecê-los a ponto de fazer que se sintam superiores às demais pessoas à sua volta, porque, apesar de serem seres mais evoluídos espiritualmente, não são perfeitos e necessitam de boa supervisão e direcionamento. Também não devem pender a balança para o lado oposto, ou seja, achar que porque o filho é índigo ele se basta", ressalta Valdeniza.
  No Brasil, é comum associar o conceito índigo ao espiritismo. Segundo ela (que é espírita), foram os espíritas que mais se interessaram pelo assunto. "Mas isso não quer dizer que esse seja um assunto religioso, pois, como a Doutrina Espírita tem tríplice aspecto - ciência, filosofia e religião -, resolvemos estudar, pesquisar e observar de acordo com os parâmetros que possibilitem uma análise psicológica, assim como filosófica, do que ocorre".

  A evolução cristal
  Segundo os estudiosos do tema, essas crianças são um subgrupo dentro do grande grupo evolutivo chamado índigos ou Y. "São aqueles que possuem espiritualidade ainda maior que os índigos. Sempre que se faz necessário mudar, estão à frente aqueles que vão abrir caminhos para que isso aconteça. É o caso dos índigos, abrir caminhos para os cristais", destaca a psicóloga Valdeniza Sire Savino.
  Matéria publicada pela autora em 25/09/2010 no Jornal Vale do Aço.
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